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Bandeira do Reino da GalizaBandeira do Reino da Galiza

Conteúdos nesta seção:
» Milenar Símbolo Histórico Galego
» Evolução na História da Bandeira Galega
» Santo Graal: interpretações céltica e cristã

Visite também estas páginas:
» O Santo Graal da Galiza: Mil Anos de Historia
» Datas de Içado da Bandeira
» Bandeiras Galegas em seu computador
» Bandeira Galega (civil e de Estado)
» Bandeira da Dinastia Real Sueva do Reino de Galécia


Milenar Símbolo Histórico Galego

Com quase um milênio de antigüidade, o Santo Graal é o antigo símbolo histórico que representa á Galiza como instituição política. O Santo Graal, ou copa do sangue de Cristo, aparece documentado por primeira vez como armas do Reino da Galiza num Armorial inglês do século XIII.

A representação gráfica das armas do Reino Galego foi evoluindo continuamente através dos séculos; do originário Graal fechado num relicario se passou a sua representação em forma aberta; o original campo azul da bandeira se diversificou também em vermelho e branco; e o original Graal em campo liso sem nenhum adicionado passou a conter decoração diversa como anjos e um número variável de cruzes, entre uma, seis, sete, ou em campo semeado. O Graal foi primeiramente o símbolo dos Reis Galegos medievais e, na Idade Moderna, passou a ser um brasão no escudo geral dos reis de Espanha, que também eram reis do Reino Galego.

A representação moderna e oficial das Armas ou Escudo da Galiza foram estabelecidas no ano 1972 pela Real Academia Galega. A superposição das armas ou escudo galego sobre a bandeira nacional civil forma o que em Vexilologia -a ciência que estuda as bandeiras- se chama 'Bandeira de Estado'. A bandeira de estado ou 'oficial' galega é a que deve figurar nos atos oficiais do governo e instituições galegas

» Ler o artigo: O Santo Graal da Galiza: Mil Anos de Historia



Armas do Reino da Galiza no Mapa de Ojea, Flandres, 1612


Representação militar: Regimento Galicia, 1715, originado nas tropas galegas do Terço de Lombardia, 1566


Pavilhão de Guerra do Terço de Galegos - Filhos e Oriundos do Reyno de Galicia, Argentina, 1806
Evolução na História da Bandeira Galega

O Santo Graal, ou copa do sangue de Cristo, aparece documentado pela primeira vez como armas do Reino da Galiza no Armorial Segar de Inglaterra do ano c.1282. Neste armorial aparecem as armas dos reis de Galyce como três graales sobre um campo de cor azul, em disposição e cores similares às armas do Reino de Suécia

As posteriores representações documentadas das armas do Reino Galego mostram o Santo Graal fechado numa caixa de ouro finda em cruz sobre um campo de bandeira de cor azul; assim aparece já no Armorial Bergshammar (Suécia, 1436) ou no Armorial Gymnich (Flandes, 1445). Em Galiza conservamos em pedra, feitas nos séculos XV e XVI, múltiplas representações do Santo Graal como representação do Reino Galego: o Hospital Real de Santiago (atual Hostal de los Reyes Católicos), o Concello de Betanços, a Porta de San Miguel nas muralhas da Corunha, o órgão da Catedral de Lugo, a torre da igreja de Noia, a residência dos Moscoso em Lage, etc... Começam também a aparecer sobre o século XV outras variantes da bandeira, como o Graal sobre campo branco ou vermelho -este último utilizado nos estandartes de regimentos militares- e a adição de motivos decorativos como anjos ou cruzes.

As múltiplas cruzes que acompanham ao Santo Graal na bandeira do Reino Galego foram adicionadas no século XVI como ornamento para completar o espaço vazio arredor do Graal. Originalmente, o número de cruzes representado foi 6 -três a cada lado da copa- que somavam um total de 7 contando a cruz na que terminava a caixa do Graal. Estas 6 cruzes aparecem também sob forma de estrelas (símbolo das Igrejas Galegas de Lugo, Iria, Britónia, Tui, Ourense e Astorga) ou conchas (Escudo de Corunha). A partir do século XVII desapareceu a caixa do Graal mas a cruz na que terminava a caixa se conservou e se somou ao resto das cruzes que rodeiam a copa. Posteriormente, algum autor identificou as sete cruzes com as cidades do antigo Reino de Galiza. Tal afirmação é incorreta. As cruzes que rodeiam ao Santo Graal não foram criadas com nenhuma simbologia provincial senão por simples motivos decorativos.

A representação moderna e oficial das Armas ou Escudo da Galiza foram estabelecidas no ano 1972 pela Real Academia Galega. A RAG propôs à Xunta de Galiza de conservar a memória da bandeira galega antiga dentro da bandeira galega moderna. O resultado foi a superposição das armas ou escudo galego sobre a bandeira nacional civil, formando o que em Vexilologia -a ciência que estuda as bandeiras- se chama 'Bandeira de Estado'. A bandeira de estado ou 'oficial' galega é a que deve figurar nos atos oficiais do governo e instituições galegas.

» Le o artigo: O Santo Graal da Galiza: Mil Anos de Historia




O Santo Graal de Cebreiro, Galiza




O Tristão artúrico na barca ao reino dos mortos. Porta Francíxena da Catedral de Santiago, siglo XII
O Santo Graal: interpretações céltica e cristã

A idéia religiosa de objetos com propriedades mágicas já existia muito antes do Cristianismo. A mitologia celta irlandesa conta como o Rei Dagda, sucessor do Rei Lugo, monarcas anteriores à chegada a Irlanda dos filhos de Breogão, possuía um caldeiro com a propriedade de ressuscitar aos mortos.

Este mito foi retomado por poetas britânicos um milênio mais tarde com a Matéria de Bretaña ou aventuras do Rei Artur. A lenda conta que o Santo Graal foi a copa da que bebeu Jesus Cristo no Ultimo Jantar, e que depois José de Arimateia recolheu nesta copa o sangue de Cristo após da Crucifixão. Posteriormente, o Graal foi transportado por barco pelo Atlântico e finalmente escondido na ilha de Grã-Bretanha. Segundo as histórias da Matéria de Bretanha o Rei Artur e seus cavaleiros passariam o resto de sua vida procurando o Graal sagrado. As aventuras do Rei Artur gozaram de extraordinária popularidade na Europa medieval, e muito especialmente em todo o arco celtoatlántico.

O Santo Graal da bandeira do Reino da Galiza é um símbolo com quase 1.000 anos de história gráfica documentada. Sua simbologia pode ser interpretada desde uma dupla óptica cristã ou pagã. Como símbolo cristão, representa o Santo Graal que guarda o sangue de Cristo; representa também o excepcional privilégio histórico da Igreja de Lugo de poder mostrar publicamente a Hóstia ou corpo de Cristo; representa a tradicional lenda do milagre de Cebreiro; e sobretudo representa a importante conexão artúrica galega com a Matéria de Bretanha. Como símbolo pagão, a Hóstia que desce para o cálice simboliza o sol antes de morrer no mar, onde termina a terra. Nas antigas religiões atlânticas e indoeuropeias, o deus sol morre no mar e é levado em barco ao fim do mundo, para voltar a reaparecer ou voltar da morte ao dia seguinte. A posta do sol no mar é a Hóstia que se afunde no cálice, é uma representação milenar galega, uma representação da terra do fim do mundo, o finisterre.

Ligações de interesse:
» André Pena, Historiador > Cristianismo Celta ou Paganismo Residual: O Santo Graal
» Britonia > A Materia de Bretaña en Galicia
» Lendas de Galiza > Galaaz en Galiza


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